Numa tentativa de desmitificar a ideia que muitos têm de mim ficam aqui dois posts para verem que nem tudo é o que parece...
“Rir? Alguma vez pensamos em rir? Quero dizer rir verdadeiramente, além da brincadeira, da troça, do ridículo. Rir, gozo imenso e completo...
Dizia à minha irmã, ou dizia-me ela a mim, anda, vamos brincar a rir? Estendíamo-nos lado a lado sobre uma cama, e começávamos. A fingir, claro. Risos forçados. Risos ridículos. Risos tão ridículos que nos faziam rir. Então chegava o verdadeiro riso, o riso inteiro, que nos transportava no seu imenso rebentar. Risos sem gargalhadas, redobrados, desordenados, desenfreados, risos magníficos, sumptuosos e loucos... E ríamos até ao infinito do riso dos nossos risos...Oh rir! Rir de prazer, o prazer de rir; rir é tão profundamente viver.”
Milan Kundera, O livro do riso e do esquecimento (extraído de Parole de Femme)