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Quinta-feira, 1 de Março de 2007

Alle austeigen!

Este é o meu último post...neste blog!

Francamente não gosto dos blogs do sapo e decidi-me pelos do google. Além disso vai funcionar como um novo começo, com um nome a condizer...

Vemo-nos em:

http://sisifoemviena.blogspot.com/

Tschüss!
publicado por Sísifo às 19:27
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Terça-feira, 6 de Fevereiro de 2007

...Continuação

O meu trabalho consiste em implementar um software para garantir o funcionamento e a manutenção de uma central de produção de electricidade na Holanda. O combustível vocês já sabem qual é.

O projecto resulta de um consórcio entre a Siemens e a Austrian Energy & Environment (AE&E -  empresa onde trabalho) e é o primeiro do novo departamento da AE&E: Operation & Maintenance.

Neste momento trabalho apenas com o líder do departamento, Naim Guendouz, e o engenheiro responável pelo projecto, Anthony Brough.

O Naim é um gestor de projectos de grande sucesso, argelino de nascença mas austríaco de vivência. Tem à volta de 50 anos e é o verdadeiro "one man show". Mas para além de ser muito bom profissional, é também muito porreiro e até já fomos para os copos um dia depois do trabalho.

O Tony é um engenheiro sul africano com quase 60 anos com uma vasta experiência, e que se senta de manhã a trabalhar e praticamente só se levanta ao almoço e ao fim do dia.

Para além de muito trabalho de gabinete devo também viajar: à Holanda para implementar o sistema, mas também a França visitar outra central. Devo ir também à sede da empresa em Graz.

E pronto nos próximos nove meses vai ser assim.
publicado por Sísifo às 19:32
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Actualização...

Desde o dia 26 de Janeiro que não actualizo as minha aventura na Áustria; entre a falta de tempo e a falta de paciência passou mais de uma semana sem que eu escrevesse aqui.

Neste momento, escrevo da minha nova casa. Depois de uma 8 dias na pousada sem poder desfazer as nossas malas ( eu apenas tive a mala no sábado, mas enfim) eu e o João Pedro lá conseguimos arranjar um casa. Para ser sincero o trabalho foi todo dele: foi sempre ele que ligou e tratou de marcar visitas a casas (em alemão claro).

Depois de muito esforço da parte dele, e quando o pobre rapaz já desesperava com os repetitivos falhanços, na segunda-feira passada recebeu um sms com um contacto daquele que é agora o antigo morador da nossa nova casa. Ligou-me a dizer para eu falar com ele porque ele era francês.

Lá consegui marcar uma visita no mesmo dia. Ele afinal é suiço e a namorada austríaca. Ele estuda pintura e ela estuda música electrónica. São impecáveis e ficamos amigos deles.

Adiante. Assim que entramos na casa, depois do rapaz muito a ter gabado dizendo que era o paraíso e que só se mudava porque ia mudar para outra que tinha comprado ( muito melhor de resto), percebemos que íamos ficar com a casa: um T3 duplex no penúltimo andar do prédio. A renda? € 690,00 mais as contas: muito barato para Viena. Com metro e eléctrico mesmo à beira fechamos logo negócio.

Os antigos inquilinos ficaram muito contentes e quando chegou a altura de trocarmos os números de  telemóvel e eu perguntei como se chamava ele, ele disse: Lionel! Desatamos a rir! De resto ele disse mesmo que estava muito satisfeito porque gostava tanto da casa que queria passá-la a alguém de quem gostasse e com quem pudesse "ir tomar café" ( a namorada até lhe disse que ela "era mesmo um idealista" - Ah! estes artistas...)

Mudamo-nos no sábado, não sem antes convencer a Micas a vir morar connosco (era para ser o Armando mas ele não quis...) ficando com uma renda muito baixa numa casa maravilhosa.

Na sexta e no sábado lá andamos pelo IKEA para comprar algumas mobílias essenciais e neste momento ainda estamos na fase de arranjar uma ou outra coisa...

Prometo que assim que conseguir tirar umas fotos de dia as publico.

Se me quiserem escrever ou (enviar dinheiro) a morada é:

Hasnerstrasse 99,1160 Wien.



publicado por Sísifo às 18:46
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Sábado, 27 de Janeiro de 2007

Um pouco de poesia

Eu gostei tanto deste poema que decidi torná-lo parte do meu blog! (Obrigado Marta!)


Cântico Negro

"Vem por aqui" — dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidades!
Não acompanhar ninguém.
— Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tetos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém!
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções,
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou,
É uma onda que se alevantou,
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
Sei que não vou por aí!

José Régio

publicado por Sísifo às 11:29
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Sexta-feira, 26 de Janeiro de 2007

Dia 1

Já cheguei a Viena. O primeiro dia correu bem, não fosse o facto da minha mala ter ido para a Madrid e de, apesar de me terem dito que chegava, eu não acreditar que vá mudar de roupa nestes próximos dias...

Adiante. A cidade, o pouco que vi, é muito bonita e tem uma rede de transportes extremamente comóda.

Estes próximos dias vão ser para procurar casa...


publicado por Sísifo às 09:22
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Quarta-feira, 24 de Janeiro de 2007

Último post em Portugal (começa a versão moderna da galinha dos ovos de ouro)

24 de Janeiro de 2007. É este o meu último post em terras lusas ( pelo menos durante os próximos nove meses).

Serve para fazer um desmentido: não vou para Graz! Vou para Viena!

O grande problema é que a credibilidade deste blog ficou seriamente afectada...

Mas isso não é tudo; o meu estágio consiste em implementar um sistema de manutenção de uma central de biomassa para produção de electricidade. E se pensavam que a minha credibilidade estava afectada por causa dum simples nome atentem no seguinte: sabem qual o combustível utilizado nessa central?

MERDA DE GALINHA! ( como diz o meu coordenador de projecto " We are going to burn some chicken shit!").

Pensando onde raio poderia existir tal coisa, dois países vêm à cabeça: Jamaica e Holanda! (lá fumam-se coisas esquisitas). Mas como na Jamaica não faz falta electricidade só podia ser na Holanda!

E assim da próxima vez que estiver a comer um ovo, vou pensar se a luz que me ilumina não virá da mesma galinha que pôs o ovo... É caso para dizer se primeiro veio a luz ou o o ovo!

Mas temos que admitir que os homens são de facto geniais: para corrigir a merda que fazem ( afinal esta necessidade de utilizar energias renováveis vem do facto de nós poluirmos o planeta como camelos!) aproveitam a merda dos outros (neste caso das galinhas, se bem que desconfio que deve dar para muitas outras merdas!). É caso para dizer que esta é uma nova versão da galinha dos ovos de ouro; em vez de esperar pelo ovo, esperamos que ela se alivie!

E é com este post muito pouco higiénico que me despeço das terras lusas!

Vemo-nos em Viena!
publicado por Sísifo às 22:40
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Terça-feira, 23 de Janeiro de 2007

Sobre o amor (e a amizade)

Prosseguindo...

Falo dos homens e das mulheres em geral, e digo que a nossa espécie não poderia ser feliz senão sob a seguinte condição: a de realizar as nossas aspirações amorosas, de reencontrarmos o nosso amor e de volvermos à nossa primitiva natureza. Se tudo isto representa a felicidade suprema, segue-se que aquilo que mais se critica no mundo actual é a maior felicidade que se pode esperar, ou seja: encontrar um amigo ao gosto do coração.”


Platão, O Banquete (Discurso de Aristófanes)

publicado por Sísifo às 15:24
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Brincadeiras

Numa tentativa de desmitificar a ideia que muitos têm de mim ficam aqui dois posts para verem que nem tudo é o que parece...

Rir? Alguma vez pensamos em rir? Quero dizer rir verdadeiramente, além da brincadeira, da troça, do ridículo. Rir, gozo imenso e completo...

Dizia à minha irmã, ou dizia-me ela a mim, anda, vamos brincar a rir? Estendíamo-nos lado a lado sobre uma cama, e começávamos. A fingir, claro. Risos forçados. Risos ridículos. Risos tão ridículos que nos faziam rir. Então chegava o verdadeiro riso, o riso inteiro, que nos transportava no seu imenso rebentar. Risos sem gargalhadas, redobrados, desordenados, desenfreados, risos magníficos, sumptuosos e loucos... E ríamos até ao infinito do riso dos nossos risos...Oh rir! Rir de prazer, o prazer de rir; rir é tão profundamente viver.”

Milan Kundera, O livro do riso e do esquecimento (extraído de Parole de Femme)

publicado por Sísifo às 15:18
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Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2007

Sobre os livros

É bom quando a nossa consciência sofre grandes ferimentos, pois isso torna-a mais sensível a cada estímulo. Penso que devemos ler apenas livros que nos ferem, que nos afligem. Se o livro que lemos não nos desperta como um soco no crânio, por que perder tempo lendo-o? Para que ele nos torne felizes, como você diz? Oh Deus, nós seríamos felizes do mesmo modo se esses livros não existissem. Livros que nos fazem felizes poderíamos escrever nós mesmos num piscar de olhos. Precisamos de livros que nos atinjam como a mais dolorosa desventura, que nos assolem profundamente – como a morte de alguém que amávamos mais do que a nós mesmos –, que nos façam sentir que fomos banidos para o ermo, para longe de qualquer presença humana – como um suicídio. Um livro deve ser um machado para o mar congelado que há dentro de nós.

Franz Kafka


publicado por Sísifo às 00:07
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